quarta-feira, 22 de outubro de 2008
As notícias confirmam: chegou a hora e a vez da América Latina
No Brasil, é preciso que essas reformas atinjam o nosso sistema judiciário, sistema de infra-estrutura e de transportes e sistema tributário! Além de uma tão esperada reforma nas contas públicas!
Latino-americanos vão lidar melhor com a crise, diz FMI
22/10/2008 - 14h41
Cassia Godoy - band news fm
A América Latina e o Caribe vão crescer 3% este ano, e os países da região vão lidar melhor com a atual crise financeira do que em oportunidades anteriores graças à melhora de a estrutura macroeconômica. As afirmações foram feitas hoje por representantes do Fundo Monetário Internacional. Por outro lado, o fundo ressalta que a economia mundial continua sendo afetada pelos efeitos drásticos e crescentes da crise financeira e a volatilidade dos preços internacionais das matérias-primas. O FMI destacou a importância de manter a inflação sob controle e enfatizou que os bancos centrais têm que estar em permanente comunicação com os mercados para enfrentarem os desafios com as medidas de política monetária adequadas. No caso dos Estados Unidos, o FMI prevê que a recuperação deva começar no segundo semestre de 2009 "e será mais gradual do que outras recuperações, em razão do caráter excepcional do ajuste dos preços dos ativos".
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Adeus à economia neoclássica??
Estamos no caminho certo? Mais regulação ou menos regulação? mercados de capitais devem ser deixados à sua livre espontânea dinâmica ou devem ser observados de perto por governos liberais?
Essa crise leva-nos a repensar os preceitos e normativas da economia neoclássica. O que importa, e o que temos visto, são as regras do jogo, como já pregava Coase em 1937.
Boa Leitura!
Adeus à revolução neoclássica
Robert Skidelsky
A ameaçadora quebra do Lehman Brothers e a venda forçada do Merrill Lynch, dois dos maiores nomes das finanças, marcam o fim de uma era. Mas, então, o que virá a seguir?Os ciclos de modas econômicas são tão antigos como os ciclos econômicos e normalmente são causados por profundos distúrbios na atividade empresarial. Os ciclos "liberais" são seguidos por ciclos "conservadores", que dão lugar a ciclos "liberais" e assim por diante.Nos Estados Unidos, ciclos liberais são caracterizados por intervenções do governo e ciclos conservadores, pelo recuo do governo. Um longo ciclo liberal estendeu-se dos anos 30 aos 70, seguido por um conservador, de desregulamentação econômica, que agora parece ter chegado ao fim. Com a estatização de dois gigantescos bancos hipotecários dos Estados Unidos, Fannie Mae e Freddie Mac, na seqüência de outra nacionalização também promovida neste ano, a do britânico Northern Rock, os governos começaram a intervir de novo, para evitar a dissolução do mercado. Os dias entorpecentes da economia conservadora acabaram - por ora.Cada ciclo de regulamentação e desregulamentação é desencadeado por crises econômicas. O ciclo liberal passado, associado à política do "New Deal" do presidente Franklin Roosevelt e do economista John Maynard Keynes, foi acionado pela Grande Depressão, embora ainda fossem necessários os volumosos gastos governamentais da Segunda Guerra Mundial para que entrasse na marcha apropriada. Durante os 30 anos de era keynesiana, os governos no mundo capitalista geriram e regularam suas economias para manter o pleno emprego e moderar as flutuações econômicas.O ciclo conservador seguinte foi despertado pela inflação da década de 70, que pareceu ser produto das políticas keynesianas. O guru econômico dessa era, Milton Friedman, sustentava que a busca deliberada pelo pleno emprego estava fadada a alimentar a inflação. Os governos deveriam concentrar-se em manter o dinheiro "sadio" e deixar a economia tomar conta de si mesma. A "nova economia clássica", como ficou conhecida, ensinava que, na ausência das rudes interferências do governo, as economias gravitariam naturalmente para o pleno emprego, maior inovação e melhores índices de crescimento.
A crise atual do ciclo conservador reflete a acumulação maciça de dívidas de difícil recuperação, tornada visível após o debacle das hipotecas de má qualidade, que se iniciou em junho de 2007 e agora se disseminou para todo o mercado de crédito e afundou o Lehman Brothers.
"Pense um uma pirâmide invertida", escreve o executivo de banco de investimento Charles Morris. "Quando mais se reivindica sobre a produção real, mais cambaleante fica a pirâmide".Quando a pirâmide começa a tombar, o governo - isto é, os contribuintes - precisam intervir para refinanciar o sistema bancário, reanimar os mercados hipotecários e evitar o colapso econômico. No entanto, quando o governo intervém nessa escala, costuma ficar por um longo tempo.
O que está em questão aqui é o dilema sem solução mais antigo da economia: as economias de mercado são "naturalmente" estáveis ou precisam ser estabilizadas pela política? Keynes enfatizava a fragilidade das expectativas sobre as quais se baseia a atividade econômica em mercados descentralizados.
O futuro é intrinsecamente incerto e, portanto, a psicologia do investidor é volúvel."A prática da calma, da imobilidade, da certeza e segurança, de repente se rompe", escreveu Keynes. "Novos medos e esperanças assumirão, sem aviso prévio, o controle da conduta humana". Este é uma descrição clássica do "comportamento de manada" que George Soros identificou como característica predominante dos mercados financeiros. É tarefa do governo estabilizar as expectativas.
A revolução neoclássica sustentava que os mercados eram muito mais estáveis ciclicamente do que Keynes imaginava, que se pode saber de antemão os riscos em todas as transações de mercado e que os preços sempre refletirão probabilidades objetivas.Tal otimismo em relação ao mercado levou a uma desregulamentação dos mercados financeiros nos anos 80 e 90 e à subseqüente explosão de inovações financeiras, que tornaram mais "seguro" captar empréstimos de somas cada vez maiores respaldadas em ativos com altas previsíveis.
A bolha de crédito, recém-estourada, alimentada pelos chamados "veículos de investimento estruturado" (SIVs, na sigla em inglês), derivativos, "obrigações garantidas por outros títulos" (CDOs) e classificações de risco de crédito "AAA" ilegítimas, foi construída a partir das ilusões de modelos matemáticos.
Ciclos liberais, dizia o historiador Arthur Schlesinger, sucumbem à corrupção do poder; ciclos conservadores, à corrupção do dinheiro.
Ambos têm seus custos e benefícios característicos.Contudo, se olharmos para os antecedentes históricos, o regime liberal dos anos 50 e 60 foi mais bem-sucedido do que o regime conservador que o sucedeu. Com exceção da China e Índia, cujo potencial econômico foi desatado pela economia de mercado, o crescimento econômico foi maior e muito mais estável na era dourada keynesiana do que na era de Friedman; seus frutos foram distribuídos de forma mais eqüitativa; conservou-se melhor a coesão social e hábitos morais. São vantagens importantes para levar-se em conta diante certa lentidão econômica.A história, é claro, nunca se repete exatamente. Hoje há sistemas de interrupção da negociação em bolsas para evitar um desabamento no estilo de 1929.
Mas quando o sistema financeiro, deixado à própria sorte, fica congelado, como ficou agora, somos claramente encaminhados a uma nova rodada de regulamentação. A indústria ficará livre, mas as finanças serão mantidas sob controle.Os ciclos das modas econômicas mostram como a economia está longe de ser uma ciência.
Não se pode pensar em nenhuma ciência natural na qual a ortodoxia oscile entre dois pólos. O que dá à economia a aparência de uma ciência é que suas proposições podem ser expressas matematicamente, abstraindo-se de muitas características decisivas do mundo real.
A economia clássica da década de 20 abstraiu o problema do desemprego, supondo que não existia. A economia keynesiana, por sua vez, abstraiu o problema da incompetência e corrupção das autoridades, supondo que os governos eram administrados por especialistas benevolentes e oniscientes. A "nova economia clássica" de hoje abstraiu o problema da incerteza, supondo que poderia ser reduzida a riscos mensuráveis (ou contra os quais se podia proteger).Afora um ou outro gênio, os economistas moldam suas suposições para que se adaptem ao estado das coisas atual, e então as cercam de uma aura de verdade permanente. São mordomos intelectuais servindo aos interesses dos que estão no poder, e não observadores vigilantes da realidade em mutação. Seus sistemas os prendem na ortodoxia.
Quando os eventos, por algum motivo, coincidem com seus teoremas, a ortodoxia que adotaram goza seu momento de glória. Quando os fatos mudam, torna-se obsoleta. Como escreveu Charles Morris, "intelectuais são indicadores confiáveis com atraso, guias quase infalíveis do que costumava ser verdade
Fonte: desenvolvimento em foco, No. 30., 16/10/2008
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A crise e seus efeitos perversos no mercado de papéis!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Explicando a crise financeira
É quase incrédulo o relato, e como disse o economista Paul Krugman, recém ganhador do prêmio Nobel deste ano, só não anteciparam a crise antes porque não tinham interesse, porque os indicios estavam aí para quem quiser ver!!
Quando tudo vai bem ou parece ir, não há incentivos para mudar o jogo..ao contrário, há incentivos para o jogo continuar mais e mais!!
e aí estão as consequências...
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Entendendo a complexidade da crise americana> > É assim:> > O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato (Hortolândia), e decide que vai> vender cachaça 'na caderneta' aos seus leais fregueses, todos> bêbados,quase todos desempregados.> > Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da> dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam> pelocrédito).> > O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso > de'emibiêi', decide que as cadernetas das dívidas do bar constitui, > afinal,um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao stabelecimento > (bar doBiu) tendo o pindura dos pinguços como garantia.> > Uns seis 'zécutivos' de bancos, mais adiante, lastreiam os tais> Recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou > qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer > dizer.> > Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitaise > conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos, na BM&F,cujo > lastro inicial todo mundo desconhece ( as tais cadernetas do seu Biu ).> > Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios,> com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.> > Até que alguém descobre que os 'bêubo' da Vila Carrapato não têm dinheiro> para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia> sifu.....>
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Por uma São Paulo melhor!
Esse é o projeto de Ruy Ohtake no bairro da bairro União de Vila Nova, dentro do Projeto Pantanal, na zona Leste de São Paulo em parceria com a Governo do Estado.
300 casas terão sua fachada remodelada com um novo e exclusivo visual!
Algo aparentemente tão desnecessário considerando a situação econômicas dessas famílias, entretanto esse ato traz à elas dignidade e valor!
Eu aplaudo essa iniciativa! O belo é para todos!!
Que bom seria se todos usassem as suas competências e habilidades para ajudar nosso Brasil!
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Apelo aos EMPRESÁRIOS BRASILEIROS: trabalhem juntos!!
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
A HORA DO BRASIL CHEGOU e dos emergentes também!!
Não que eu seja fã do FMI, mas aí vai uma perspectiva mais OTIMISTA no meio de todo esse nevoeiro e falta de confiança no futuro por parte dos empresários!
OtimiSmo para nós brasileiros que podemos sair sim vitoriosos dessa crise se olharmos com mais interesse para o potencial do nosso mercado interno!
Boa Leitura!
FMI: mundo crescerá menos, mas Brasil avançará mais
O Fundo Monetário Internacional divulgou nesta quarta-feira novas previsões para a economia mundial em 2008 e 2009. Embora a entidade trace um cenário sombrio, com desaceleração rápida nas grandes potências, o Brasil teve sua expectativa de crescimento ampliada para este ano, segundo os cálculos do FMI.
Para o mundo, a expectativa do Fundo é de que a economia cresça 3,9% em 2008 e 3% em 2009 - o menor nível em sete anos. A entidade diminuiu em 0,2 ponto percentual sua previsão, anunciada em julho, de crescimento mundial para este ano e 0,9 ponto para o ano que vem - número que considera uma recessão global.
Já para o Brasil, as estimativas passaram de 4,9%, na estimativa de julho, para 5,2%, em linha com outras previsões feitas pelo mercado. No ano que vem, no entanto, a expectativa é de uma forte desaceleração, para 3,5%.
A entidade também disse que a que a política de ajuste monetário foi apoiada por um aumento de meio ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) no principal alvo de superávit fiscal para 2008.
O FMI prevê que a inflação no Brasil este ano será de 5,7%, e 5,1% em 2009. Com relação à conta corrente, o País terá déficit em 2008 de 1,8% e de 2% em 2009.
Estas previsões assumem que, por meio de suas intervenções nos mercados, os governos dos Estados Unidos e da Europa conseguirão estabilizar o sistema financeiro e evitar novas quebras de bancos capazes de afundá-lo, diz o FMI no relatório.
Inclusive o eventual êxito da intervenção pública não evitará dificuldades nos países mais desenvolvidos, "que estarão em recessão ou próximo dela no segundo semestre de 2008 e no início de 2009, diz a entidade, que afirmou que o aumento previsto no final de 2009 "será excepcionalmente gradual".
A entidade diz que as economias de Itália, Espanha e o Reino Unido encolherão no próximo ano em média, enquanto a zona do euro em seu conjunto e os EUA estarão na corda bamba. As novas projeções são divulgadas menos de três meses depois de a instituição ter revisado para cima as expectativas de crescimento para a economia mundial.
Crise 'perigosa'
O relatório justifica a reavaliação com base em um "panorama global mais fraco, preços mais baixos de commodities e condições de financiamento externo mais difíceis". Para o FMI, a turbulência atual é "o choque financeiro mais perigoso nos mercados desenvolvidos desde os anos 1930".
O Fundo elevou ligeiramente - para 1,6% - a previsão de crescimento dos Estados Unidos neste ano, mas cortou drasticamente a projeção para o ano que vem. A expectativa é de que a economia americana cresça apenas 0,1% em 2009. A zona do euro crescerá 0,2% em 2009, enquanto a China manteve previsão de 9,7% neste ano.
A partir do fim de 2009, a entidade prevê que diversos fatores podem sentar as bases para uma recuperação gradual. Os principais seriam a estabilização do preço das commodities, ainda que no seu nível mais alto em 20 anos, e o fôlego oferecido pelas economias emergentes.
O FMI diz ainda acreditar que, no fim do ano que vem, a crise no mercado imobiliário americano terá atingido o fundo do poço, e a ajuda governamental às empresas em crise poderá ter os efeitos sentidos com mais clareza. Entretanto, a instituição alertou: a recuperação será ainda "modesta", e "excepcionalmente gradual em relação a (recuperações) passadas".
Fonte: invertia, 09/10
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Minha Tese de doutorado
Com essa pergunta ou algo similar a isso, eu fui adiante no meu projeto de doutorado na FEA USP.
Foi uma jornada e tanto!
Não posso garantir que a tese responda a essa pergunta complementamente! Afinal temos a racionalidade limitada (ou bonded rationality) para nos defender da incompletude! E para escrever uma tese com prazos..santa racionalidade limitada!
Mas se você decidir ler..algumas evidências, fatos e muitas percepções dos agentes envolvidos com crédito agrícola no nosso país estarão lá !
Esse conjunto de informações estão agora aqui publicadas para serem discutidas, questionadas e quem sabe, gerar novas idéias, estratégias, políticas públicas....
O arquivo completo e o resumo da tese encontram-se no site da Biblioteca de teses da USP no link http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-06102008-172424/
Boa leitura!



