quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Perspectivas para 2009!!

Tenho lido e ouvido as mais diversas discussões sobre o que será de 2009! Há de um lado os mais pessimistas que acreditam em um ano novo repleto de problemas velhos e agravados e há aqueles que acreditam que depois de uma tempestade vem à bonança.

Devemos analisar essa questão não pelo todo mas por partes. A crise atinge os setores da economia de forma diversa e portanto, não há como afirmar categoricamente que todos estarão em maus lençois em 2009. É verdade que a economia real, ou seja o meu ganho pão, o emprego do meu vizinho, as vendas na empresa do meu marido, podem sim estar compremetidas ou na melhor das hipóteses estarão estáveis sem os invejáveis picos que tivémos em 2008! Em um mesmo ano conseguimos atinguir recordes em diversos setores e depois uma brutal queda na confiança que atingiu a bolsa de cheio!

Setores primários como siderurgia e agropecuária sofrerão um impacto considerável. O primeiro, já pode ser analisado pela queda nas vendas da gigante VALE. Já são 1500 funcionários demitidos e certamente muitos contratos a menos, considerando a desacelareção do mercado internacional, incluindo o mundo maravilhoso da China. Já a agricultura, historicamente e pela sua própria natureza, é afetada pelos humores do mercado de commodities. Um grande mar revolto e indomável! A questão chave desse setor é como fazer fluir crédito para os produtores que em anos anteriores expandiram continuamente suas lavouras. As fontes secaram e falo daquelas que realmente importam para o agricultor, o financiamento privado advindo das relações comerciais com tradings, indústrias de insumo, e processadores. Desde 2005 esse crédito já representava 30% do que é demandado pelo setor, sendo complementando com o crédito a taxas preferenciais repassado por bancos, principalmente Banco do Brasil, cooperativas e cooperativas de crédito. Esse crédito, de natureza limitada, não será facilmente acessado, ainda que tenham sido feitos esforços do governo em ampliar as exigibilidades. Os bancos, da sua parte, em um cenário de incerteza e enorme possibilidade por parte dos produtores de inadimplirem, aumentarão a exigência de garantias e reduzirão a oferta. O que resta ao produtor é usar seu capital próprio e estabelecer boas relações contratuais com a indústria afim de garantir venda e preço.

Olhando no micro universo das classes sociais, os impactos são tão diversos quanto no âmbito das indústrias. A salvação da pátria parece estar nas camadas mais baixas ainda não atingidas pelo desemprego e de certa forma, alienadas das discussões político-econômicas que acaloradamente ocorrem nas classes mais altas. Enquanto há emprego, há o churrasquinho no final de semana. Oxalá permita que isso não acabe tão cedo!

A minha perspectiva é da otimista crente na mão invisível do mercado empresarial. Aí está a nossa saída: o comprometimento do empresariado em descobrir alternativas para driblar mais uma crise. Afinal, para quem já viveu os diversos planos das décadas de 80 e 90, essa pode ser chamada literalmente de mais uma crise!

Bom ano de 2009 a todos!!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Uma pausa de reflexão sobre a tragédia em Santo André

É verdade que muito já se falou nesse caso...coisas sensatas e outras nem tanto. Tudo mundo se pergunta como essas tragédias acontecem...quando na realidade essas tragédias são correqueiras em comunidades que muitos de nós não temos acesso..mas essa veio á tona.. e por isso, é um bom momento para refletirmos.

Sou professora e convivo com jovens. Na dinâmica da sala de aula, já me deparei com as mais diversas situações, boas e ruins..mas com o passar dos anos eu e muitos outros professores se assustam com a falta de limite dos nossos alunos. Onde tudo isso começa? Não importa se a escola é particular ou privada, o que é importa é a família, origem de tudo: moral, valores, amor, carinho, atenção, afeto, noções de cidadania, ética..e por ai vai..a pergunta que fica para nós professores é sempre a mesma: será que esse estudante não foi exposto á regras de algum tipo? será que é só aqui que ele se mostra arredio? mas aqui entra um velho ditado que sempre escutei na minha família: o que se faz em casa, se leva para fora dela, sejam coisas boas ou ruins.

O texto abaixo coaduna com a minha opinião e pode ser uma outra forma de olharmos esse acontecimento.

Boa leitura!


O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… NADA? Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes? O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'. A garota disse Não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante. Não quero ser comparado como um desses psicólogos que infestam os programas vespertinos de TV, que explicam tudo de maneira simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda. Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou à polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça. O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos (e alguns maridos, temem dizer não às esposas). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal. Os pais dizem: 'não posso traumatizar meu filho'. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos.
Não, voce não vai namorar com 12 anos ainda não é a hora.Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque. Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS, crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante...Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara. Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

fonte: blog.mafaldacrescida.com.br

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

As notícias confirmam: chegou a hora e a vez da América Latina

Cabe ao governo e às suas lideranças, em conjunto com a oposição, liderarem reformas institucionais que permitam que esses países possam participar efetivamente de uma nova era de oportunidades.

No Brasil, é preciso que essas reformas atinjam o nosso sistema judiciário, sistema de infra-estrutura e de transportes e sistema tributário! Além de uma tão esperada reforma nas contas públicas!


Latino-americanos vão lidar melhor com a crise, diz FMI
22/10/2008 - 14h41
Cassia Godoy - band news fm

A América Latina e o Caribe vão crescer 3% este ano, e os países da região vão lidar melhor com a atual crise financeira do que em oportunidades anteriores graças à melhora de a estrutura macroeconômica. As afirmações foram feitas hoje por representantes do Fundo Monetário Internacional. Por outro lado, o fundo ressalta que a economia mundial continua sendo afetada pelos efeitos drásticos e crescentes da crise financeira e a volatilidade dos preços internacionais das matérias-primas. O FMI destacou a importância de manter a inflação sob controle e enfatizou que os bancos centrais têm que estar em permanente comunicação com os mercados para enfrentarem os desafios com as medidas de política monetária adequadas. No caso dos Estados Unidos, o FMI prevê que a recuperação deva começar no segundo semestre de 2009 "e será mais gradual do que outras recuperações, em razão do caráter excepcional do ajuste dos preços dos ativos".

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Adeus à economia neoclássica??

Apresento à vocês um artigo que reflete sobre a atuação das correntes de pensamento da economia comtemporânea sobre os fatos presentes e passados.

Estamos no caminho certo? Mais regulação ou menos regulação? mercados de capitais devem ser deixados à sua livre espontânea dinâmica ou devem ser observados de perto por governos liberais?

Essa crise leva-nos a repensar os preceitos e normativas da economia neoclássica. O que importa, e o que temos visto, são as regras do jogo, como já pregava Coase em 1937.

Boa Leitura!



Adeus à revolução neoclássica
Robert Skidelsky

A ameaçadora quebra do Lehman Brothers e a venda forçada do Merrill Lynch, dois dos maiores nomes das finanças, marcam o fim de uma era. Mas, então, o que virá a seguir?Os ciclos de modas econômicas são tão antigos como os ciclos econômicos e normalmente são causados por profundos distúrbios na atividade empresarial. Os ciclos "liberais" são seguidos por ciclos "conservadores", que dão lugar a ciclos "liberais" e assim por diante.Nos Estados Unidos, ciclos liberais são caracterizados por intervenções do governo e ciclos conservadores, pelo recuo do governo. Um longo ciclo liberal estendeu-se dos anos 30 aos 70, seguido por um conservador, de desregulamentação econômica, que agora parece ter chegado ao fim. Com a estatização de dois gigantescos bancos hipotecários dos Estados Unidos, Fannie Mae e Freddie Mac, na seqüência de outra nacionalização também promovida neste ano, a do britânico Northern Rock, os governos começaram a intervir de novo, para evitar a dissolução do mercado. Os dias entorpecentes da economia conservadora acabaram - por ora.Cada ciclo de regulamentação e desregulamentação é desencadeado por crises econômicas. O ciclo liberal passado, associado à política do "New Deal" do presidente Franklin Roosevelt e do economista John Maynard Keynes, foi acionado pela Grande Depressão, embora ainda fossem necessários os volumosos gastos governamentais da Segunda Guerra Mundial para que entrasse na marcha apropriada. Durante os 30 anos de era keynesiana, os governos no mundo capitalista geriram e regularam suas economias para manter o pleno emprego e moderar as flutuações econômicas.O ciclo conservador seguinte foi despertado pela inflação da década de 70, que pareceu ser produto das políticas keynesianas. O guru econômico dessa era, Milton Friedman, sustentava que a busca deliberada pelo pleno emprego estava fadada a alimentar a inflação. Os governos deveriam concentrar-se em manter o dinheiro "sadio" e deixar a economia tomar conta de si mesma. A "nova economia clássica", como ficou conhecida, ensinava que, na ausência das rudes interferências do governo, as economias gravitariam naturalmente para o pleno emprego, maior inovação e melhores índices de crescimento.

A crise atual do ciclo conservador reflete a acumulação maciça de dívidas de difícil recuperação, tornada visível após o debacle das hipotecas de má qualidade, que se iniciou em junho de 2007 e agora se disseminou para todo o mercado de crédito e afundou o Lehman Brothers.

"Pense um uma pirâmide invertida", escreve o executivo de banco de investimento Charles Morris. "Quando mais se reivindica sobre a produção real, mais cambaleante fica a pirâmide".Quando a pirâmide começa a tombar, o governo - isto é, os contribuintes - precisam intervir para refinanciar o sistema bancário, reanimar os mercados hipotecários e evitar o colapso econômico. No entanto, quando o governo intervém nessa escala, costuma ficar por um longo tempo.

O que está em questão aqui é o dilema sem solução mais antigo da economia: as economias de mercado são "naturalmente" estáveis ou precisam ser estabilizadas pela política? Keynes enfatizava a fragilidade das expectativas sobre as quais se baseia a atividade econômica em mercados descentralizados.

O futuro é intrinsecamente incerto e, portanto, a psicologia do investidor é volúvel."A prática da calma, da imobilidade, da certeza e segurança, de repente se rompe", escreveu Keynes. "Novos medos e esperanças assumirão, sem aviso prévio, o controle da conduta humana". Este é uma descrição clássica do "comportamento de manada" que George Soros identificou como característica predominante dos mercados financeiros. É tarefa do governo estabilizar as expectativas.

A revolução neoclássica sustentava que os mercados eram muito mais estáveis ciclicamente do que Keynes imaginava, que se pode saber de antemão os riscos em todas as transações de mercado e que os preços sempre refletirão probabilidades objetivas.Tal otimismo em relação ao mercado levou a uma desregulamentação dos mercados financeiros nos anos 80 e 90 e à subseqüente explosão de inovações financeiras, que tornaram mais "seguro" captar empréstimos de somas cada vez maiores respaldadas em ativos com altas previsíveis.

A bolha de crédito, recém-estourada, alimentada pelos chamados "veículos de investimento estruturado" (SIVs, na sigla em inglês), derivativos, "obrigações garantidas por outros títulos" (CDOs) e classificações de risco de crédito "AAA" ilegítimas, foi construída a partir das ilusões de modelos matemáticos.


Ciclos liberais, dizia o historiador Arthur Schlesinger, sucumbem à corrupção do poder; ciclos conservadores, à corrupção do dinheiro.

Ambos têm seus custos e benefícios característicos.Contudo, se olharmos para os antecedentes históricos, o regime liberal dos anos 50 e 60 foi mais bem-sucedido do que o regime conservador que o sucedeu. Com exceção da China e Índia, cujo potencial econômico foi desatado pela economia de mercado, o crescimento econômico foi maior e muito mais estável na era dourada keynesiana do que na era de Friedman; seus frutos foram distribuídos de forma mais eqüitativa; conservou-se melhor a coesão social e hábitos morais. São vantagens importantes para levar-se em conta diante certa lentidão econômica.A história, é claro, nunca se repete exatamente. Hoje há sistemas de interrupção da negociação em bolsas para evitar um desabamento no estilo de 1929.

Mas quando o sistema financeiro, deixado à própria sorte, fica congelado, como ficou agora, somos claramente encaminhados a uma nova rodada de regulamentação. A indústria ficará livre, mas as finanças serão mantidas sob controle.Os ciclos das modas econômicas mostram como a economia está longe de ser uma ciência.

Não se pode pensar em nenhuma ciência natural na qual a ortodoxia oscile entre dois pólos. O que dá à economia a aparência de uma ciência é que suas proposições podem ser expressas matematicamente, abstraindo-se de muitas características decisivas do mundo real.


A economia clássica da década de 20 abstraiu o problema do desemprego, supondo que não existia. A economia keynesiana, por sua vez, abstraiu o problema da incompetência e corrupção das autoridades, supondo que os governos eram administrados por especialistas benevolentes e oniscientes. A "nova economia clássica" de hoje abstraiu o problema da incerteza, supondo que poderia ser reduzida a riscos mensuráveis (ou contra os quais se podia proteger).Afora um ou outro gênio, os economistas moldam suas suposições para que se adaptem ao estado das coisas atual, e então as cercam de uma aura de verdade permanente. São mordomos intelectuais servindo aos interesses dos que estão no poder, e não observadores vigilantes da realidade em mutação. Seus sistemas os prendem na ortodoxia.

Quando os eventos, por algum motivo, coincidem com seus teoremas, a ortodoxia que adotaram goza seu momento de glória. Quando os fatos mudam, torna-se obsoleta. Como escreveu Charles Morris, "intelectuais são indicadores confiáveis com atraso, guias quase infalíveis do que costumava ser verdade

Fonte: desenvolvimento em foco, No. 30., 16/10/2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A crise e seus efeitos perversos no mercado de papéis!

Os preços das ações são o indicativo mais preemente da crise!

Parece que as últimas ações do bancos centrais das grandes economias não foram suficientes para resgatar a confiança dos investidores que continuam a precificar as ações abaixo dos seus níveis normais! Vejam um gráfico auto explicativo da The Economist!



Enquanto os efeitos são perversos nos papéis, a economia real começa a dar sinais de desaquecimento. Em outras palavras, o pão nosso de cada dia começa a ficar mais e mais suado!
Segundo a jornalista a Miriam Leitão, depois de cubrir várias crises econômicas no mundo, há duas máximas nessas ocasiões:
1. Nunca subestime uma crise e
2. Toda crise encontra seu fim!
Vamos confiar para que esse fim chegue logo com boas perspectivas para uma rápida recuperação!

Como as empresas vão ficar depois da crise??

Um momento para a descontração!!


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Explicando a crise financeira

Está circulando pela Internet um email que explica de maneira bem simples o que aconteceu!

É quase incrédulo o relato, e como disse o economista Paul Krugman, recém ganhador do prêmio Nobel deste ano, só não anteciparam a crise antes porque não tinham interesse, porque os indicios estavam aí para quem quiser ver!!

Quando tudo vai bem ou parece ir, não há incentivos para mudar o jogo..ao contrário, há incentivos para o jogo continuar mais e mais!!

e aí estão as consequências...


********


Entendendo a complexidade da crise americana> > É assim:> > O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato (Hortolândia), e decide que vai> vender cachaça 'na caderneta' aos seus leais fregueses, todos> bêbados,quase todos desempregados.> > Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da> dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam> pelocrédito).> > O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso > de'emibiêi', decide que as cadernetas das dívidas do bar constitui, > afinal,um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao stabelecimento > (bar doBiu) tendo o pindura dos pinguços como garantia.> > Uns seis 'zécutivos' de bancos, mais adiante, lastreiam os tais> Recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou > qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer > dizer.> > Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitaise > conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos, na BM&F,cujo > lastro inicial todo mundo desconhece ( as tais cadernetas do seu Biu ).> > Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios,> com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.> > Até que alguém descobre que os 'bêubo' da Vila Carrapato não têm dinheiro> para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia> sifu.....>

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Por uma São Paulo melhor!

Pequenos projetos fazem uma enorme diferença!

Esse é o projeto de Ruy Ohtake no bairro da bairro União de Vila Nova, dentro do Projeto Pantanal, na zona Leste de São Paulo em parceria com a Governo do Estado.

300 casas terão sua fachada remodelada com um novo e exclusivo visual!

Algo aparentemente tão desnecessário considerando a situação econômicas dessas famílias, entretanto esse ato traz à elas dignidade e valor!

Eu aplaudo essa iniciativa! O belo é para todos!!

Que bom seria se todos usassem as suas competências e habilidades para ajudar nosso Brasil!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

EFEITOS DA CRISE!!!


Apelo aos EMPRESÁRIOS BRASILEIROS: trabalhem juntos!!


Se perdermos a confiança, perdemos o RUMO!

Uni-vos empresários brasileiros..pois lhes sobram competências para lidar com tempos de crise!!
Cai a bolsa mas não pode cair a nossa crença em tudo que já foi construído até aqui!!


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A HORA DO BRASIL CHEGOU e dos emergentes também!!

Não que eu seja fã do FMI, mas aí vai uma perspectiva mais OTIMISTA no meio de todo esse nevoeiro e falta de confiança no futuro por parte dos empresários!

OtimiSmo para nós brasileiros que podemos sair sim vitoriosos dessa crise se olharmos com mais interesse para o potencial do nosso mercado interno!

Boa Leitura!

FMI: mundo crescerá menos, mas Brasil avançará mais

O Fundo Monetário Internacional divulgou nesta quarta-feira novas previsões para a economia mundial em 2008 e 2009. Embora a entidade trace um cenário sombrio, com desaceleração rápida nas grandes potências, o Brasil teve sua expectativa de crescimento ampliada para este ano, segundo os cálculos do FMI.

Para o mundo, a expectativa do Fundo é de que a economia cresça 3,9% em 2008 e 3% em 2009 - o menor nível em sete anos. A entidade diminuiu em 0,2 ponto percentual sua previsão, anunciada em julho, de crescimento mundial para este ano e 0,9 ponto para o ano que vem - número que considera uma recessão global.

Já para o Brasil, as estimativas passaram de 4,9%, na estimativa de julho, para 5,2%, em linha com outras previsões feitas pelo mercado. No ano que vem, no entanto, a expectativa é de uma forte desaceleração, para 3,5%.

A entidade também disse que a que a política de ajuste monetário foi apoiada por um aumento de meio ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) no principal alvo de superávit fiscal para 2008.

O FMI prevê que a inflação no Brasil este ano será de 5,7%, e 5,1% em 2009. Com relação à conta corrente, o País terá déficit em 2008 de 1,8% e de 2% em 2009.

Estas previsões assumem que, por meio de suas intervenções nos mercados, os governos dos Estados Unidos e da Europa conseguirão estabilizar o sistema financeiro e evitar novas quebras de bancos capazes de afundá-lo, diz o FMI no relatório.

Inclusive o eventual êxito da intervenção pública não evitará dificuldades nos países mais desenvolvidos, "que estarão em recessão ou próximo dela no segundo semestre de 2008 e no início de 2009, diz a entidade, que afirmou que o aumento previsto no final de 2009 "será excepcionalmente gradual".

A entidade diz que as economias de Itália, Espanha e o Reino Unido encolherão no próximo ano em média, enquanto a zona do euro em seu conjunto e os EUA estarão na corda bamba. As novas projeções são divulgadas menos de três meses depois de a instituição ter revisado para cima as expectativas de crescimento para a economia mundial.

Crise 'perigosa'
O relatório justifica a reavaliação com base em um "panorama global mais fraco, preços mais baixos de commodities e condições de financiamento externo mais difíceis". Para o FMI, a turbulência atual é "o choque financeiro mais perigoso nos mercados desenvolvidos desde os anos 1930".

O Fundo elevou ligeiramente - para 1,6% - a previsão de crescimento dos Estados Unidos neste ano, mas cortou drasticamente a projeção para o ano que vem. A expectativa é de que a economia americana cresça apenas 0,1% em 2009. A zona do euro crescerá 0,2% em 2009, enquanto a China manteve previsão de 9,7% neste ano.

A partir do fim de 2009, a entidade prevê que diversos fatores podem sentar as bases para uma recuperação gradual. Os principais seriam a estabilização do preço das commodities, ainda que no seu nível mais alto em 20 anos, e o fôlego oferecido pelas economias emergentes.

O FMI diz ainda acreditar que, no fim do ano que vem, a crise no mercado imobiliário americano terá atingido o fundo do poço, e a ajuda governamental às empresas em crise poderá ter os efeitos sentidos com mais clareza. Entretanto, a instituição alertou: a recuperação será ainda "modesta", e "excepcionalmente gradual em relação a (recuperações) passadas".

Fonte: invertia, 09/10

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Minha Tese de doutorado

Como os contratos e as instituições explicam a atual situação do crédito rural em nosso país?

Com essa pergunta ou algo similar a isso, eu fui adiante no meu projeto de doutorado na FEA USP.

Foi uma jornada e tanto!

Não posso garantir que a tese responda a essa pergunta complementamente! Afinal temos a racionalidade limitada (ou bonded rationality) para nos defender da incompletude! E para escrever uma tese com prazos..santa racionalidade limitada!

Mas se você decidir ler..algumas evidências, fatos e muitas percepções dos agentes envolvidos com crédito agrícola no nosso país estarão lá !

Esse conjunto de informações estão agora aqui publicadas para serem discutidas, questionadas e quem sabe, gerar novas idéias, estratégias, políticas públicas....

O arquivo completo e o resumo da tese encontram-se no site da Biblioteca de teses da USP no link http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-06102008-172424/

Boa leitura!