olá a todos!! Demorei mas estou de volta!! Dizem que no Brasil o ano começa depois do carnaval..para este blog foi diferente..ele voltou à vida depois das comemorações da Páscoa, o que me pareceu uma boa data, já que segundo os seguidores de Cristo e do judaismo a Páscoa é o tempo de renovação! Portanto, vamos remover os velhos hábitos e recomeçar nem que seja revendo os hábitos antigos para estabelecer novas metas e idéias!
Para iniciar gostaria de dividir com vocês um texto muito interessante com as observações do ex-presidente do BNDES sobre o impacto da crise no Brasil. Tirem suas conclusões e comentem!
Matéria de Claudio Leal - estado de sao paulo - 11 de março
A possibilidade de cortar a taxa de juros, com o objetivo de estimular o crédito, é um trunfo do governo brasileiro. No diagnóstico do ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Carlos Lessa, os juros altos foram a "desgraça" do País nas últimas duas décadas, mas um corte, em meio aos redemoinhos da crise mundial, pode reanimar a economia.
O PIB brasileiro recuou 3,6% no quarto trimestre de 2008, a maior retração desde 1996. Em tom diferente do adotado no início das turbulências, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, declarou que os números divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que "a economia brasileira não está imune à crise no mercado globalizado." O Conselho de Política Monetária (Copom) do BC define a taxa Selic nesta quarta-feira.
Em entrevista a Terra Magazine, o economista Carlos Lessa estima como "previsível" a queda do PIB. "A ideia de que o Brasil ficaria incólume à crise mundial é absolutamente disparatada", critica. "Mesmo agora, o (Guido) Mantega está dizendo que o Brasil será o primeiro País a sair da crise. O Meirelles disse a mesma coisa. Tudo isso é mentira."
Lessa identifica "instrumentos e potencialidades" para o Brasil se recuperar em condições melhores que outros países. E aponta quatro pontos favoráveis, com a ressalva de que os rumos da política econômica do governo Lula não vão produzir os resultados esperados:
1 - "Nós temos bancos públicos. Não é necessário estatizar bancos, basta reforçar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES, o Banco do Nordeste, o Banco da Amazônia, alguns bancos estaduais que sobraram, e você tem um setor público financeiro suficientemente forte para segurar as coisas."
2 - "O Brasil está com uma taxa de juros elevadíssima. O mundo inteiro já baixou. Isso foi a nossa desgraça nesses últimos 20 anos. Mas agora é uma vantagem. Porque talvez o Brasil seja o único país do mundo que, baixando os juros, estimula o crédito. Os outros países não podem mais fazer isso. Nós não estamos no fundo do poço dos intrumentos de crédito, uma coisa que já aconteceu na Europa e nos Estados Unidos."
3 - "O Brasil tem uma estrutura produtiva que foi muito depredada por conta da política neoliberal nesses últimos 20 anos. Porém, as competências ainda existem no Brasil. Nós não perdemos as gerações. Podemos, com relativa facilidade, recuperar amplos segmentos industriais que se atrofiaram e desapareceram."
4 - "Finalmente, o País não tem nenhum problema sério de suprimentos internos de matérias-primas. Nós só temos problemas de suprimento em alguns metais, tipo cobre... Mas é pouco. Nós estamos bem em alimentos e matérias-primas. O Brasil tem condições de enfrentar melhor essa crise do que a maior parte dos países. Agora, a política que está sendo adotada não vai produzir esses resultados."
Ontem, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou os juros "estratosféricos" e afirmou que o País já vive uma recessão. Lessa equilibra:
- Tecnicamente, é o seguinte: quando um País atravessa dois trimestres com queda na taxa de crescimento, é dito que o País está numa recessão. Quando o País passa disso, é dito que entrou em depressão. Isso é um problema de terminologia. Realmente, a indústria brasileira vem passado mal desde novembro do ano passado. Como nós já estamos em março e ela não dá sinais significativos de recuperação, é provável que nós já estejamos em recessão. Mas nada de surpreendente - define.
terça-feira, 14 de abril de 2009
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